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segunda-feira, 21 de março de 2011

A Verdade Sobre a TV Brasileira


Por: Rafael Adriano Silva
Barbacena/MG

Outro dia estava navengando pela internet e vi uma notícia em que os patrocinadores do Campeonato Brasileiro de Futebol não aceitariam o resultado da licitação feita pelo Clube dos 13 em que a vencedora foi a Rede TV simplismente alegando que a emissora não teria a mesma visibilidade que tem a toda poderosa Rede Globo. Não sei se esta informação é verídica, pois a fonte não era muito confiável e não me interessei mais pelo assunto a ponto de pesquisar seriamente.
O fato é que a Rede Globo já está tão acostumada com o poder que, claro, não quer largar o osso. O racha provocado no Clube dos 13 foi comandado pela “duplinha globista” chamada Flamengo e Corinthians, ou como costumo dizer: “Inflação e Salário Mínimo”, times pequenos que se tornaram grandes as custas da propaganda de massa feita pela Rede Globo.
A verdade é que vivemos em um país onde a qualidade se vende caro, e muito caro. Todos os dias somos obrigados a engolir programas feitos para um tipo de público, uma regão em especial (RJ/SP), como as novelas, e não falo só da Globo, mas também a Rede Record que, apesar de ser uma emissora que está crescendo e tem uma programação melhor que a Globo, ainda quer se espelhar na emissora concorrente para tentar faturar seu público alvo, as donas de casa que se contentam com novelas e BBB e canais religiosos (evangélicos e católicos) que só despertam o fanatismo e se beneficiam financeiramente com a crença dos fiéis.
Conversar sobre TV em nosso país parece uma piada. O que vamos falar, nós, pobre clásse média baixa que muitas vezes não temos dinheiro para comprar um carro semi-novo que dirá pagar R$ 100,00 para termos em casa uma TV a Cabo com canais realmente bons e que tragam conteúdo.
Costumo acessar, via internet, o canal italiano Rai. Diferentemente da Globo, o site da Rai é cheio de variedades, com vários canais de TV e Rádio diferentes, trazendo opção ao telespectador. Uma pena é que a TV não é mostrada via internet ao vivo para outros continentes, somente para a Europa, mas a existem 10 canais de rádio para o mundo inteiro e é claro a diferença de qualidade. Tem para todos os gostos.
Sou da década de 1980/90 e sempre tive a Globo como referência de bons filmes e a Record como referência de bons seriados (lembro-me muito do Arquivo X e Zorro). O SBT só serviu para passar Chaves, que foi e é um grande icone da minha infância. Lembro-me de passar a semana ancioso a espera da Tela Quente para assistir “Caça Fantasmas, Rambo, Indiana Jones, Programado para Matar” e muito outros. Filmes que marcaram minha infãncia e fico pensando: minha geração é tão diferente das gerações pós anos 80/90.
Na minha época não existia Zorra Total, Rebelde, BBB, A Fazenda, KLB, Restart e muitas outras porcarias comerciais. Cresci ouvindo Engenheiros do Hawaii e Michael Jacksone hoje quando saio pelas ruas ouço somente Funk carioca e Ivete Sangalo e etc. É triste mas é a pura verdade.
A televisão caiu de qualidade nos anos 2000. Isto é fato e parece irreversível. Lembro-me das minisséries da Globo, como Memorial de Maria Moura, Anos Dourados, Chiquinha Gonzaga, O Tempo e o Vento, eram fantásticos. Hoje nem sei o que se passa nesta emissora em matéria de minissérie.
Na minha umilde opinião, a única que ainda mantém uma programação interessante, tirando seu setor esportivo (por dar somente espaço ao eixo do mal – RJ/SP) é a Rede Bandeirantes que distribui uma programação baseada no jornalismo, competindo com a Record, por que o jornalismo da Globo já se foi a muito tempo.
Enfim, opiniões são diferentes e certamente válidas, porém temos que analizar muito bem o que vamos ver na TV e o que vamos deixar os nossos filhos verem. Pois, sendo grande formadora de opinião, a televisão deve rever seus conceitos e primar pela qualidade e não pela quantidade, privando grande parte da população brasileira de um conteúdo verdadeiramente informativo, educativo e lazer saudável. Por isso digo, nada como o bom e velho DVD, pois nele eu escolho o que quero e não o que manda a mídia.
Uma dica é “Muito Além do Cidadão Kane”, documentário de Simon Hartog produzido em 1993 pelo canal 4 da BBC. O documentário discute o poder da rede Globo e teve sua exibição proibida no Brasil.

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